Ação dos Espíritos sobre os Fluidos

Pessoa Linda, Ola!!
Como está você??
Digo a voce que:

Os fluidos espirituais que constituem um dos estados do fluido cósmico universal são, falando de modo apropriado, a atmosfera dos seres espirituais;  o elemento do qual extraem os materiais sobre os quais operam; é o ambiente onde se passam os fenômenos especiais, perceptíveis pela visão e audição do Espírito e que escapam aos  sentidos impressionados unicamente pela matéria tangível; é onde se forma esta luz particular ao mundo espiritual, diferente da luz ordinária,  por sua causa e seus efeitos; é enfim, o veículo do pensamento como o ar é o veículo do som.

Sendo os fluidos o veículo do pensamento, este atua sobre os mesmos como o som atua sobre o ar. Eles nos trazem o pensamento como o ar nos traz o som. Pode-se pois dizer, com verdade, que em tais fluidos há ondas e raios de pensamentos que se cruzam, sem se confundirem, como no ar há ondas e raios sonoros.

Os Espíritos agem sobre os fluidos espirituais com auxílio do pensamento e da vontade. O pensamento e a vontade são para os Espíritos aquilo que as mãos são para os homens.

Pelo pensamento eles imprimem aos fluidos esta ou aquela direção; eles os aglomeram, os combinam ou os dispersam; formam com esses materiais, conjuntos que têm aparências, formas e cores determinadas; mudam suas propriedades como os químicos alteram as propriedades dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo determinadas leis.

É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual. Basta ao Espírito pensar numa coisa para que tal coisa se produza, assim como basta modular uma ária para que a música repercuta na atmosfera. Algumas vezes, essas transformações são resultados de uma intenção, mas frequentemente são o produto de um pensamento inconsciente.

É assim, por exemplo, que um Espírito se apresenta a um encarnado, dotado de visão psíquica, com as aparências que tinha quando vivia na época em que se conheceram, mesmo que isso se dê depois de várias encarnações. Apresenta-se com as roupas e sinais exteriores que tinha então - enfermidades, cicatrizes, membros amputados e se for um decapitado se apresentará sem a cabeça.

Não se diga que ele conserve essas aparências, não certamente, pois como Espírito não é coxo, nem maneta, nem decapitado, mas seu pensamento entrando em relação com a época em que isso se deu, seu perispírito toma, instantaneamente, aquela forma, da mesma maneira que  a deixa, instantaneamente, desde que o pensamento cesse de agir.

Por um efeito parecido, o pensamento do Espírito cria, fluidicamente, os objetos dos quais tem o hábito de se servir: um avaro manejará o ouro, um militar terá suas armas, patentes em seu uniforme, um fumante o seu cachimbo, um trabalhador seu arado e seus bois, uma senhora idosa , seus aparelhos de fiar, etc...Esses objetos fluídicos são tão reais para o Espírito, que é fluídico também, como eram no estado material para o homem vivente, porém, pela razão de que são criados pelo pensamento, sua existência é, também, fugitiva como o pensamento.

Há mais:

O pensamento cria imagens fluídicas que se refletem no envoltório perispiritual como num espelho; o pensamento toma corpo e então se fotografa,  de alguma forma, sob o fluido ao redor. É assim, por exemplo, que tenha um homem a idéia de matar outro, embora seu corpo material esteja impassível, seu corpo fluídico é posto em ação pelo pensamento, do qual reproduz todas as variações; executa, fluidicamente, o gesto, o ato que tem o desígnio de cumprir;  o pensamento cria a imagem da vítima e a cena se pinta, como em um quadro, tal como está em seu espírito. É assim que todas as idéias se plasmam, tomam formas e são vistas por outros espíritos...

Todos os movimentos mais secretos, da alma, repercutem no envoltório fluídico e uma alma pode ler uma outra alma, como num livro, e ver o que não é perceptível aos olhos do corpo. 

Todavia, vendo as intenções pode pressentir a realização do ato, porém não pode determinar o momento em que se realizará, nem precisar os detalhes e nem mesmo afirmar que virá a realizar-se, porque as circunstâncias podem modificar os planos e mudar as disposições.

A alma não pode ver aquilo que não está no pensamento. O que ela vê é a preocupação habitual do indivíduo, seus desejos, seus projetos, suas vontades boas ou más, que são plasmadas fluidicamente em seu envoltório fluídico.

É aqui que entra a máxima do Cristo quando diz: Orai e vigiai para não cairdes em tentação. E como diz André Luiz, estamos todos mergulhados em um oceano de fluidos que se movem e plasmam, através das nossas intenções e pensamentos e nos expõem perante a espiritualidade.

Cuidado, portanto, com os nossos pensamentos..

Fonte: A Gênese - Allan Kardec

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